sábado, 23 de março de 2013

A Música e eu…

A música, ora esta maravilha que todos (ou quase todos gostamos, embora eu não acredite que haja alguém que não goste, há é gostos diferentes e formas de a vivenciar diferentes) gostamos de escutar, seja ela Clássica, Pop, R&B, Jazz, Rock, Metálica, Popular, enfim, a música, “doce” que nos acompanha em vários momentos da vida.
Na minha ela faz parte integral de mim, ela é uma parte de mim, da qual eu não consigo me desligar, não consigo viver, é meu alimento desde sempre, talvez muito pela influencia que tive desde sempre, senão vejamos.
Mesmo antes de nascer, já escutava música, todo o tipo de música, meus pais trabalhavam na antiga Rádio Clube de Moçambique e eu mesmo ainda na barriga da minha mãe era “forçado” a escutar, pois minha mãe trabalhava na discoteca da Rádio, na classificação e distribuição da música pelos diversos programas da rádio, já meu pai, esse, era locutor, o que fazia com que muitas das vezes mesmo em casa se escutasse música, ora porque sempre um ou outro gostavam de escutar alguma, ora na preparação de programas, sempre com a ajuda da minha mãe, daí que eu diga que a música faz parte integral de mim, do meu ser.
Mesmo os amigos mais próximos dos meus pais, trabalhavam directamente ou indirectamente com música, oh porque também eles eram locutores, ou actores, ou cantores, enfim, vi sempre rodeado de música, durante anos, quer eu quisesse ou não.
Quando nasci, nasci no meio deste ambiente e nele fui crescendo, tendo cedo começado a aprender a apreciar todo o estilo de música, comecei ainda a associar esta ou aquela música a momentos da minha vida, momentos esses que eu diria sempre vividos intensamente, por vezes digo que a minha história poderia ser contada através da música, e com ela poderia “escrever” uma “biografia” onde os outros que a escutassem saberiam vivenciar todos os momentos pela qual eu passei, ou estou passando.
Esse hábito que não perdi, um hábito já tão enraizado em mim, que por mais que eu tente desligar, não consigo, chego a ser um verdadeiro “CHATO” no que diz respeito à música, tem dias, momentos, horas em que uma, duas, três ou mais músicas eu fico escutando tantas, mas tantas vezes, que o(a) “pobre” desgraçado(a) que estiver junto de mim, acaba por se fartar de escutar a mesma, ou mesmas músicas, esses momentos são momentos que eu preciso urgentemente escutar aquela, ou aquelas músicas, pois só elas me entendem, me tocam, me sentem e me fazem sentir bem, nada mais, e digo e reafirmo, nada, ou quase nada mais me faz sentir melhor que escutar aquelas músicas, mesmo que repetidas vezes e vezes sem conta, mas se por um lado sou capaz de escutar música pop, passo da mesma num passo de mágica para um jazz, ou de uma clássica para um rock, são momentos, são instantes de vida, são sentimentos vividos intensamente, da qual não sou capaz de abdicar, diria mesmo, no dia em que eu não puder escutar música, eu “morrerei”, e não falo num sentido trágico, tipo tragédia grega, ou como queiram chamar, mas num sentido em que algo dentro de mim se quebrará para todo o sempre e não voltarei a ser nunca mais a pessoa que sou, são 45 quase 46 anos a viver, a sentir, a amar, a transmitir sentimentos e a vivencia-los assim.
Provavelmente já se perguntaram o porquê de estarem a ler hoje algo “tão estranho” como esta conversa / desabafo / relato ou como quiserem chamar, mas a verdade é uma só, apeteceu-me faze-lo, deu-me uma enorme vontade de partilhar, de escrever, de falar sobre mais este assunto, sobre mais um pouco de mim, por isso aguentem, quem me lê, quem me conhece, quem já segue este Perfil, o meu perfil há algum tempo, saberá que aqui, neste cantinho, tudo vem por um só motivo, porque faz parte do meu perfil, da minha vida, dos meus sentimentos, porque quando não consigo verbalizar determinadas coisas…, eu escrevo.
Eu sou assim, eu vivo as coisas de uma forma um tanto estranha para uns e de uma forma simples para outros.
Conhecer-me, não é só falar comigo, não é só “ler-me”, ou escutar-me, conhecer-me é uma questão de tocar-me..., e claro, também de escutar a música que está passando naquele momento.
Enfim, hoje fico por aqui, deixo-vos na companhia de My Way, na voz de Frank Sinatra, numa das belas interpretações desta música que ilustra melhor que nunca como sou, pelo menos um pedacinho mais.
Beijinhos e xi – corações para quem por aqui passa deixando um pouco de si, levando um pouquinho de mim.


Álvaro Gonçalves

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