Minha mãe que não tenho meu lençol
de linho de carinho de distância
água memória viva do retrato
que às vezes mata a sede da infância.
Ai água que não bebo em vez do fel
que a pouco e pouco me atormenta a língua.
Ai fonte que eu não oiço ai mãe ai mel
da flor do corpo que me traz à míngua.
De que Egipto vieste? De que Ganges?
De qual pai tão distante me pariste
minha mãe minha dívida de sangue
minha razão de ser violento e triste.
Minha mãe que não tenho minha força
sumo da fúria que fechei por dentro
serás sibila virgem buda corça
ou apenas um mundo em que não entro?
Minha mãe que não tenho inventa-me primeiro:
constrói a casa a lenha e o jardim
e deixa que o teu fumo que o teu cheiro
te façam conceber dentro de mim.
Ary dos Santos, in 'Antologia Poética'
Fez hoje à poucos minutos que Deus te chamou mãe, meu eterno anjo, amei-te e amo-te tanto, mas tanto, tanto, como só Deus e tu sabiam e sabem, não sei viver sem ti, a tua presença física junto a mim, faz-me falta, sei que estás comigo sempre em espirito, mas a saudade de te dar um montão de beijinhos e abraços como tu tanto gostavas, mantem meu coração quebrado.
AMEI-TE, AMO-TE e AMAR-TE-EI PARA SEMPRE MÃE!!!
OBRIGADO DEUS POR ME TERES DADO O MAIS BELO ANJO PARA SER MINHA MÃE!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário