domingo, 22 de outubro de 2017

Porque metade de mim...

"...é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque metade de mim é amor e a outra metade também."
 
Oswaldo Montenegro

sábado, 21 de outubro de 2017

Que o espelho...


"...reflita em meu rosto um sorriso. E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é vulcão."
 
Oswaldo Montenegro

sábado, 14 de outubro de 2017

Um pouco de mim...

 
Nasci numa bela tarde de Sol em Moçambique África, corria o ano de 1967.
Desde criança me habituei a ouvir poesia, música e teatro, quer radiofónico quer no palco, ou não fossem meus pais funcionários do antigo Rádio Clube de Moçambique e activos participantes da vida social daquela época, vivi paredes meias com este maravilhoso ambiente, onde se escutava de tudo um pouco, até mesmo em casa, pois muitas vezes era em casa que tudo começava, com a preparação de programas e outras mais. Por isso desde cedo me foi incutida a sensibilidade para saber escutar e somente falar quando bem aprendida a lição. Foram anos de grandes emoções e alegrias.
Hoje, e passados tantos anos após ter saído de Moçambique devido à guerra continuo a viver completamente apaixonado por tudo que diga respeito à arte em si. Como sou tímido cedo também aprendi a escrever o que sentia, muitas das vezes acabava por jogar no lixo, até que à relativamente pouco anos atrás resolvi começar a guardar e a publicar o que escrevia.
Aprendi a amar e a respeitar tudo e todos, desde cedo que meus pais me ensinaram que é na diferença e na simplicidade que está a beleza.
Agora, com meio século feitos, sinto-me só, perdido, abandonado, sem ninguém, eu..., logo eu que sempre me doei a todos sempre, tanto que doei, e tanto que meus pais me avisaram, cuidado com esse teu jeito de ser, mas eu nunca soube ser de outra forma, hoje estou só...
 
 
Álvaro Gonçalves Correia de Lemos


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

"A coisa mais louca..."

A coisa mais louca que
Eu fiz,
Foi pensar que existiria
Alguém neste mundo louco,
Que existiria alguém para mim.
 
Eu que tenho a necessidade
De estar apaixonado,
Mas nada justfica a minha
Perda nesta vida,
Eu sei que preciso estar
Enamorado. 

Eu sei que peço perfeição,
Perfeição...,
Algo que nem eu nem eu tenho,
Sou louco por pedir algo que nunca terei,
Louco por pensar que alguma vez
Encontrarei... 

Esta tem sido a minha maior loucura,
O meu maior erro,
A minha loucura,
Eu tenho essa necessidade
De estar apaixonado,
De estar enamorado,
Mas sou louco por pensar que
Alguma vez isso acontecerá. 

Quantas vezes fiquei acordado até tarde,
Quantas vezes não dormi,
Tudo por uma loucura.
Sei agora,
Que perdi meu tempo. 

Mas que posso eu fazer?
Se meu coração,
Continua pensando da mesma
Forma errada.
Tudo porque preciso continuar
A acreditar que existe
Alguém neste mundo de loucos,
Alguém para mim. 

Mas nada vem de graça,
O preço tem sido demasiado alto,
Eu sei que peço algo,
Algo que não encontrarei ninguém.
Um bolso cheio de boas intenções
E de ilusões.
Uma alma sedenta de amor,
Um coração perdido. 

Eu sei que preciso estar
Apaixonado sempre,
Louco que eu sou,
Por pensar que será isso
Acontecerá.


Álvaro Gonçalves Correia de Lemos
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