sábado, 29 de setembro de 2012

Conversas Informais, desabafos e afins…

Miradouro da Boa Vista, Lagoa do Fogo, em dia de grande nevoeiro.
Bom dia, boa tarde boa, boa noite, enfim, boas…, aqui estou eu uma vez mais com uma conversa informal, desabafando, e sei lá mais o quê…
Pois é, finalmente esta semana terminou, uffff…, após 3 semanitas quase infernais de umas férias de merda, sim de merda, pois a gente sempre faz mil e um planos para as férias, e este ano não fiz, sabia que financeiramente não podia e por motivos de saúde não poderia sair muito do mesmo sitio, mas sempre fui fazendo um ou outro plano, tal como pegar em mim e sair por aí sem rumo, algo que adoro fazer é simplesmente ir conduzindo até chegar a algum sitio prazerozo e em comunhão com a natureza ficar contemplando a beleza da criação e respirar aquele ar puro não só para os pulmões, mas para a alma, mas as coisas sempre têm um jeito de virar ao contrário e entre a doença de minha mãe e as minhas mazelas e a falta de dinheiro fui ficando por aí…, e agora cansado ainda e cansado de estar cansado, entrei ao serviço na passada segunda-feira dia 24 de Setembro e claro como sempre, quando regressamos de férias temos uma pilha de coisas para retomar e outras tantas mil para fazer, e tudo isso para ontem, e assim foi, uma semanita de um autentico desassossego, de pura loucura, entre a saudade das pessoas que adoro atender e ajudar e aquelas que no serviço nos trazem pedacinhos de inferno e que nos tentam fazer a vida virar do avesso, enfim foi uma semana onde aconteceu de tudo um pouco, onde meus nervos rebentaram, mas que aguentei dentro de mim, não só por mim, mas por minha mãe e porque detesto dar gostinho a quem não merece o meu sentir, e assim foi, no entanto e resumindo, apesar de tudo que aconteceu, quer a nível profissional, quer a nível pessoal, conclui que afinal não foi assim tão negativo, aprendi algumas boas lições, tirei algo positivo de tudo que aconteceu e é isso que gosto quando faço um balanço das coisas.
Sabem, aquela altura em chegamos e precisamos fazer balanços?, mas que por muito que queiramos sempre acabamos por não fazer porque sempre acontece isto ou aquilo?, pois foi, estas férias eram para esse balanço, e acreditem, não consegui fazer o que me propôs fazer, e sempre que começava algo acontecia que desmoronava tudo e lá voltava tudo ao principio da desordem, mas hoje, posso parar e pensar melhor, afinal consegui chegar a pelo menos uma conclusão, podia ter sido pior, até porque nem tudo tudo é negativo, pois tendemos a olhar apenas ás coisas que nos fazem doer e esquecer as mais pequenas coisas que nos alegraram e alegram diariamente e nos trazem alguma paz, alguns sorrisos e foi isso que aconteceu, “ceguei” e não olhei na direcção certa, mas o cansaço era e é tanto que fui “empurrando com a barriga” as coisas, mas agora chegado a este fim de semana, posso parar e dizer, sim, tive muita coisa positiva, mas preciso continuar vivendo um dia de cada vez, pois a vida não pode ser vivida por antecipação, e fazer planos quando estamos assim não é definitivamente uma boa ideia, mas sim viver cada segundo, aprender a olhar para os pequenos momentos e dar o devido valor e aprender a saboreá-lo e guardar dentro de nós esses momentos, não para os revivermos, mas para sentir que vivemos o momento, pois é essa bagagem que temos de levar na nossa caminhada e tentar jogar fora o que não presta, mesmo que seja difícil faze-lo, tentar sempre sorrir perante um adversidade, mesmo que no momento do acontecimento não consigamos faze-lo, que aprendamos a não absorve-lo de tal forma que nos destrua, algo por vezes difícil, em especial quando os tempos que todos vivemos são tempos conturbados, mas é essa a única forma de não enlouquecermos de vez e para que possamos seguir em frente e para que possamos não cegar com eles e com isso não enxergar os pequenos momentos que nos deixam de sorriso nos lábios, mesmo que sejam por segundos, ou minutos, mas saber fazer uma parada e encontra-los no meio a tanta confusão.
Resumindo, apesar de tudo cheguei a este fim-de-semana, já com mais um anito, ou seja 45 deliciosos anos, nossa como estou cada vez mais gostoso, ehhehehh (e convencido, ehhehe), acho que melhor ainda que o vinho do Porto ou da Madeira, ou seja quanto mais velho melhor, ehehheeh, mas se não for melhor, pelo menos sou parecido, pois sinto-me feliz por aqui ter chegado, e com o que conquistei e com o que aprendi.
Beijinhos e xi – corações mil a todos vocês que por aqui passam, deixando um pouco de vós, levando um pouco de mim.


Álvaro Gonçalves

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Um desafio…

Hoje trago-vos um desafio, sim um desafio, recebi anteontem um email de uma querida amiga minha, um anjo que amo de coração e alma, esta linda citação e resolvi lançar um “eterno” desafio não só a mim mas também a todos que como eu caímos tantas vezes em “tentações”, digo “tentações” porque não encontro outra palavra mais adequada, mas talvez o mais certo seja mesmo usar as palavras tristeza e rancor, palavras e sentimentos fortes, e digo “eterno” pois levamos sempre muito tempo a aprender este tipo de desafios, pois como qualquer ser humano, sempre acabamos caindo em “tentações” mesmo depois de já termos aprendido a lição.
Pois bem aqui fica o desafio a todos e a mim mesmo:


Quem guarda rancor, coleciona lixo moral, e, consequentemente, termina enfermando. O mal que te façam, não deve merecer o teu sacrifício. Se alguém deseja ver-te infeliz, age de forma contrária, vivendo com alegria. Se outrem planeja perturbar-te, insiste na posição de harmonia. Se aquele que se tornou teu adversário trabalha pela tua desdita, continua em paz. Para quem procura infelicitar os outros, a maior dor é vê-los imperturbáveis. Sê inteligente e não te desgastes à toa. (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)


Beijinhos e xi – corações mil a todos que por aqui passam levando um pouco de mim e deixando um pouco de si mesmos.


Álvaro Gonçalves

domingo, 9 de setembro de 2012

O Dever para Nós Próprios
"Influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma. O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. As suas virtudes não lhe são naturais. Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. Torna-se o eco de uma música alheia, o actor de um papel que não foi escrito para ele. O objectivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo. Hoje em dia as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram o maior de todos os deveres, o dever para consigo mesmos. É verdade que são caridosas. Alimentam os esfomeados e vestem os pobres. Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas. A coragem desapareceu da nossa raça e se calhar nunca a tivemos realmente. O temor à sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião, são as duas coisas que nos governam."

Oscar Wilde
O Retrato de Dorian Gray



Nos dias de hoje, com as corridas, de casa para o trabalho, o “dever” que sentimos de sermos “perfeitos” numa sociedade imperfeita que nos exige cada vez mais, a concorrência entre os seres, a vontade de ultrapassar os limites do outro e de nós mesmos, o medo, quase que terror de perdermos, nos leva a tomadas de decisão precipitadas que com o passar do tempo nos transformam em robôs, em fantoches de uma peça de teatro que não é a nossa, mas uma peça escrita por outros, outros esses que já não sabem onde perderam a sua alma, as suas vidas, deixadas ao acaso num beco perdido algures da vida lá bem atrás num passado que nem eles próprios sabem onde.
O medo de morrermos sem termos vivido tudo a que temos direito, o horror de não termos tudo aquilo que julgamos termos direito, só porque esse algo existe e algum outro ao nosso lado o tem e nós também o desejamos, mas que por um mero acaso não se encontra ao nosso alcance naquele momento, leva-nos a tomadas de decisão de num desenfrear de corridas loucas e egoísmos que nos destrói a cada passo dado no caminho de um precipício da qual muitos não voltam mais. O medo do que a sociedade pode pensar de nós se não fizermos isto ou aquilo, se não formos isto ou aquilo, leva-nos a cometer-mos “suicídio” das nossas almas já presas a uma moral podre, da qual não conseguimos vislumbrar saídas para mais nada a não ser pegar a vida de uma tal forma que nos encaminha cada vez mais a becos sem saída, a tristezas e por vezes a profundas perdas de consciência de que sim, temos direito a tudo que a vida nos oferece, mas para isso não precisamos atropelarmo-nos uns aos outros, a egoísmos e a uma profunda falta de valores que em tempos, lá bem num passado já longínquo já tivemos.
Tudo isso faz de nós seres humanos hoje em dia bonecos autómatos.
Então o que fazer perante tanto desgaste, nesta vida de hoje que nos conduz a passos largos para um auto destruição?
PARE!
OLHE-SE no espelho, não aquele espelho físico no qual você se olha para se pentear ou ver se esta ou aquela peça de roupa lhe cai bem, mas naquele ESPELHO INTERIOR, aquele espelho já há muito sujo de tanto pó de anos deixado ao acaso por não nos olharmos e o limpe, veja o que você fez consigo, pare por momentos, risque da sua vida muita coisa que o perturba, deixe que os outros gritem, que não o largam com tentações de querer mais e mais, que lhe cobram, deixe de se cobrar por ainda não ter, fique um pouco a sós consigo mesmo, respire fundo, tente ver o que você fez da sua vida, será que valeu a pena perder tanta coisa linda e simples por tantas outras que você sentiu necessidade porque o outro tem, ou porque também você tem direito, mas que ao correr tanto acaba por perder o tempo de viver, sim VIVER.
Acredite, todos nós sempre passamos por essa fase maldita da corrida para termos tudo e muitas das vezes acabamos sem nada, acabamos sós, sim, porque aquele “amigo” a quem você chama de amigo não é senão por vezes um parasita que o ajuda a cair em tentação de sobreviver e não viver.
Acredite que só porque você tem muito, não significa que você vai sempre ter, um dia chega e você perde, você fica só, com tudo, ou com nada, e ai?, de que lhe valeu tanta corrida.
Bem sei que é fácil falar, mas de fazer é bem mais difícil, digo-o por experiencia própria, mas também quem disse que tudo tem de ser fácil?
Pense um pouco no que lhe falo, e só você pode decidir se quer continuar “vivendo” ou regressar à VIDA.
A resposta a tudo isso está em si, somente em si, e decisões só você pode tomar por si mesmo.


Álvaro Gonçalves



sábado, 1 de setembro de 2012

"A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.”
" Igualzinho ao que acontece com todas as pessoas, num trecho ou outro da estrada, eu já senti tanta dor que parecia que os golpes haviam me quebrado toda por dentro. Não sabia se era possível juntar os pedaços, por onde começar, nem se o cansaço me permitiria movimentos na direcção de qualquer tentativa. Quando o susto é grande e dói assim, a gente precisa de algum tempo para recuperar o fôlego outra vez. Para voltar a caminhar sem contrair tanto os ombros e a vida. Um espaço para a gente quase se reinventar. O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.”


Ana Jácomo

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