domingo, 18 de dezembro de 2011

A raposa e o príncipezinho


"...E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia. - disse a raposa.
- Bom dia. - respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs o principezinho. - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa - disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida - disse a raposa - Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente - disse a raposa - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
...e disse a raposa:
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe.
- Por favor... cativa-me! - disse ela.
- Bem quisera - disse o principezinho - mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - Tu te sentarás primeiro longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é sua - disse o principezinho - eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse o principezinho.
- Vou - disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro - disse a raposa - por causa da cor do trigo.
- Adeus - disse ele...
- Adeus - disse a raposa.
- Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse a raposa - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”


Antoine de Saint-Exupèry



Meus querido, embora a saudade seja grande, o tempo não me tem permitido vir aqui, tenho andado numa roda viva, com muito trabalho e cuidando de minha mãe, que embora esteja melhor de algumas coisas, infelizmente não de outra, e que com a sua idade avançando não vai mais voltar a ser quem foi, sua mente já a vai traindo, mas a vida é mesmo assim, e para lá todos caminhamos a passos largos e o bom de tudo isto na vida é que aprendemos a viver um dia de cada vez, a dar graças por cada dia que acordamos, por cada tropeço, por cada escalada que fazemos a muito custo, mas que no fim do dia nos traz um cansaço de que valeu a pena, mesmo que por vezes assim não pareça.
Como todos sabem, pelo menos todos aqueles que por já aqui passaram muitas vezes, o Natal nada me diz, ou seja, diz-me, infelizmente pela negativa, por trazer consigo o pior que o ser humano tem em si, a hipocrisia, o cinismo, a falsidade, o parecer algo que não é. Falo isto com muito conhecimento de causa de muitos anos, e quando digo muitos anos não digo dois ou três ou até seis, mas cerca de trinta e tal anos e ver tanta podridão, por isso não vos desejo feliz Natal, pois Natal, e por cliché que possa parecer é a mais pura verdade, o Natal é quando o homem quer, e eu quero todos os dias, e assim o faço, lembrando-me todos os dias de quem passa fome, de quem precisa apenas de um ombro para chorar suas mágoas ou apenas ficar calado lado a lado, de quem precisa de uma mão amiga 365 ou 366 dias por ano e não apenas num só dia, ou num só mês, quando os podres deste planeta “se lembram” que existem pessoas necessitando de uma ajuda, com fome, e depois vão dar as ceias e ou pequenos cabazes, a isto chamo de gente de merda, falsa, hipócrita, cínica entre outras coisas, e não poupo palavras, digo-o na cara de quem quer que seja, adoro ser frontal, tal como adoro sempre que posso e minhas possibilidades financeiras o deixam, fazer umas compras e dar a quem vejo que precisa, oferecer meu ombro todos os dias junto com um sorriso de que tudo se vai resolver, mesmo quando tudo parece que não, mesmo que eu esteja em baixo, ninguém tem culpa se me sinto em baixo, há quem precisa mais de um sorriso ou algo mais do que eu, mas não faço para que me agradeçam, faço porque é meu dever moral ajudar sempre quem posso.
Por isso hoje escolhi este pequena rábula do livro de O Principezinho de Antoine de Saint – Exupéry que me marcou profundamente quando o li pela primeira vez há muitos anos atrás e que hoje é um dos meus livros a par com O Manual do Guerreiro de Paulo Coelho que me acompanham sempre.
Desejo-vos a todos um Bom Ano de 2012 cheio de paz, amor, harmonia, saúde e força para viver e amar o que aí está para chegar, sem nunca esquecer que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos
Um beijo e um xi – coração a todos vós que por aqui passam deixando um pouco de vós e levando um pouco de mim.


Alvaro Gonçalves

domingo, 16 de outubro de 2011

Ama-me

Ama-me com loucura,
Sente-me com prazer,
Faz-me teu,
Possui-me como um dia o fizeste.
Não resistas,
Ama-me,
Deixa que meu corpo sinta
uma vez mais o teu,
Ama-me com capricho,
Deixa que o mundo nos
tome uma vez mais.
Ama-me,
Deixa tuas mãos
percorrem meu corpo,
Quero ser teu uma vez mais,
Beijar teu corpo,
Sentir a magia deste momento.
Ama-me,
Deixa que teu corpo
se una ao meu,
Com paixão,
Com desejo,
Com loucura,
Ama-me,
Desfruta-me,
Seduz-me,
Deixa que nossos corpos se
unam numa dança sem fim,
Ama-me,
Toca-me,
Rega meu corpo com a doce
loucura da nossa paixão,
Ama-me,
Provoca em mim o desejo,
O delírio,
A luxúria
Ama-me,
simplesmente como eu te amo.


Alvaro Gonçalves
(publicado no
Recanto das Letras)



Meus queridos, hoje volto aqui uma vez mais, desta vez para vos dar a conhecer um dos meus últimos poemas, Ama-me, assim se chama tal como já tiveram oportunidade de ver e ler, espero que gostem. Mas também aqui passo para vos dizer um OLÁ com carinho e muito amor e amizade, pois faz tempo que não o fazia e a saudade já apertava o coração.
Um beijinho e um xi – coração bem grande a todos que por aqui passam e deixam um pouco de vós e levam um pouco de mim.

Alvaro Gonçalves

sábado, 27 de agosto de 2011

Verdadeiramente Verdadeiro Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e húmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos..
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! Pensou o jovem.. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.
Passados 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
“Pessoas sábias falam sobre ideias,
Pessoas comuns falam sobre coisas,
Pessoas medíocres falam sobre pessoas,”

Autor Desconhecido



Meus anjos, faz algum tempo que por aqui não passo, mas a vida tem destas coisas, não me esqueci de ninguém, mas é como digo sempre este é meu perfil e nele vou deixando apenas aquilo que meu coração permite e hoje mais do que nunca quero agradecer a todos aqueles que AMO verdadeiramente, os meus AMIGOS, aqueles que sempre estão presentes em minha vida, estejam eles aqui, ali, ou a milhas de distancia física, pois de coração e alma todos se encontram tão perto que os sinto todos os dias e sempre ao acordar agradeço por vos ter em minha vida e ao anoitecer peço por todos aqueles que me amam.
Mas também estive ausente por motivos de saúde que agora graças a Deus e também a alguns amigos me ajudaram e muito, como sempre me têm feito ao longo de minha caminhada. Não se preocupem, a saúde está recuperada, agora tenho apenas de tomar novos cuidados para que nada se descarrile, mas com a força e a vontade de viver e amar que tenho, sei que nem tão cedo voltará a piorar.
São coisas da vida, sempre temos de ter alguma coisa com que nos entreter, não é?, pois é, arranjei mais umas, nada de preocupar, só mesmo de saber que estou vivo e de bem com a vida, e dou cada vez mais graças por tudo que tenho, e pelo que ainda vou conquistar ao longo da minha vida.
Bem hajam meus anjos.
AMO-VOS!!!
Beijinhos em vossos corações que amo.


Alvaro Gonçalves

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Amigo

Hoje senti falta de si,
Eu sei que você está aqui
sempre a meu lado.
Mas sabe?
Senti sua falta,
Acho que algo sempre
fica por te dizer,
Quando você se vai…
Não sei bem o quê,
Só sei que por ti
Eu serei sempre
mais forte que
o destino.
Por ti serei melhor
do que sou.
Amigo,
Eu sei que vives aqui
bem dentro de meu coração,
Você é meu herói,
me acolheu em sua alma
grandiosa e fez de mim,
alguém mais forte.
Contigo navegarei por altos
mares, e juntos enfrentaremos
tempestades e colheremos a bonança.
Amigo,
Por ti escrevo estas palavras,
Por ti imprimo minha alma
nestes simples versos.
Por ti serei mais forte que nunca.
Amigo,
Tu que chegas-te como um
Raio de sol em minha vida,
E a iluminas-te para sempre,
Sabes que estarei aqui
para sempre junto a ti.

Álvaro Gonçalves


Meus anjos, já uma vez publiquei este meu poema aqui, publiquei-o também no YouTube, no Dailymotion e no Recanto das Letras, mas hoje e mais do que nunca quero voltar a publica-lo, pois mais do que nunca ele faz todo o sentido, pois amigos são “coisas” raras, sim os verdadeiros amigos são raros, pois “amigo” a gente tropeça neles aqui e ali, mas aquele que se pode dizer mesmo que é AMIGO é um ser muito raro e verdadeiro, ele nos dá a mão quando mais precisamos, ele nos xinga quando é preciso, ele nos chama a atenção das coisas boas e más da única forma possível que só amigo sabe fazer, ele nos ama de todo o coração, ele fica calado e a nosso lado se não há nada mais a dizer, ele nos ajuda a levantar do chão sempre que caímos, ele está presente mesmo estando a milhas de distancia, ele nos ama incondicionalmente mesmo quando nos zangamos para depois fazermos as pazes, ele está sempre presente esteja ele onde estiver, ele habita em nosso coração.
Por isso aqui fica uma vez mais este meu poema que dedico a todos os meus AMIGOS e não só, a todos aqueles que são verdadeiros amigos de alguém, e para acompanhar este poema escolhi esta maravilhosa canção na voz de Bette Midler, My One True Friend.
Beijinhos e xi – corações mil a todos que por aqui passam deixando um pouco de si e levando um pouco de mim.



Alvaro Gonçalves

domingo, 10 de abril de 2011

“Gregos e Troianos”

Para quê querer agradar a gregos e troianos, muitos me perguntam porque sou assim, porque falo desta maneira ou porque digo isto e não aquilo, eu sempre tento responder somente porque sim, não gosto de entrar em muitos detalhes, porque gostos não se discutem, nem maneiras de ser, nem de estar, a menos que alguém se intrometa na nossa vida com a sua maneira de pensar e tentar ditar as suas regras na vida alheia, tudo em nome de algo que só na sua mente existe.
A exemplo do que digo acima, posso referir que ao longo deste maravilhoso tempo todo em que resolvi abrir o meu segundo blogue, não este, pois este é o terceiro, resultado de uma reviravolta dada por mim na minha vida que há muito pedia para ser dada, mas que eu por motivos que já falei muitas vezes por aí em alguns outros post não me vou repetir, mas que sei que foi a melhor reviravolta que dei na minha vida e a mais bem dada para a altura dos acontecimentos, levou a que muita gente se vira-se contra os meus princípios, algo que seria de esperar, afinal é como digo acima, não se pode agradar a gregos e troianos (e ainda bem), mas como dizia, ao longo deste tempo fui fazendo amizades, muitas delas vieram para ficar, outras vieram e foram embora, tiveram o seu tempo, não me esquecerei delas, e outras enviei-as eu embora, pois não eram amizades, pois amizades ficariam se tormentas encontrassem, e tal como disse no post anterior, não sou de me esquecer do que me fazem, seja bom ou mau, infelizmente por um lado e felizmente por outro, e esse é o desagrado que causo naqueles que por um qualquer motivo se sentiram mal com a minha maneira de ser, paciência, não sou de me lamentar, tal como também já disse várias vezes não me arrependo de nada, nem mesmo do mal que já possa ter causado, pois aqui se paga e concerteza já paguei também as minhas facturas, não sou santo, nem nunca terei qualquer pretensão para tal, muito pelo contrário, tou mais para diabrete que para santo, prefiro mesmo que assim seja, a ser como tantos que conheço que de santos só de nome, pois santo é de barro, e quando cai, se quebra na totalidade, e é isso que a muitos não agrada, a minha frontalidade, pois por vezes ela magoa, mas paciência, prefiro por vezes ser bronca, tal como prefiro uma pessoa bronca a uma santinha de pau oco tal como encontrei muitas aqui e no dia a dia, aliás este assunto não será novidade para ninguém, pois todos sabemos e temos as nossas desilusões que nos servem para corrigirmos o que está ou estava mal e que originou a essa desilusão.
É lógico que já fiz muita coisa errada na vida, mas quem não a fez?
Que atire a primeira pedra!
E lógico será também dizer que causei a desilusão a muita gente por não corresponder ao padrão por eles criado. Mas meus lindos, a vida é assim mesmo, e para isso há o dialogo, talvez eu também não tenha sido ou seja paciente para muitos diálogos após as chances que dou, mas isso é o que faz de mim aquilo que sou, um ser em constante construção, umas vezes mais lenta, outras vezes mais rápida, tal como qualquer outro ser normal deste planeta. Por isso não se pode agradar a gregos e troianos.
E é claro que eu também sabia que no momento em que dei a minha reviravolta eu iria ganhar algumas inimizades, pois essa de agradar a todos é difícil, mas ainda bem, pois a vida tornou-se mais interessante, mais empolgante, pois passei a ser eu no comando e não deixei mais que aquilo que os outros são ou deixam de ser me tolda-se a visão, dou graças a Deus por esse dia ter chegado à muito tempo atrás e não mais voltar, detestaria andar para trás, gosto de seguir em frente mesmo caindo aqui e acolá, pois essa é a única forma de sermos fieis a nós próprios e de crescermos, por isso tentar agradar a gregos e troianos, não, isso não é possível.
Ahhhhh e quando resolvo falar de mim aqui, é porque eu quero falar, porque me apetece, porque tenho vontade, porque me deu na real gana, porque tenho direito a fazer o que bem entendo, desde que não interfira na vida alheia, e isso não estou fazendo.
Por isso faço, porque faço.
Agora quero pedir aqueles que nada têm que fazer e vêem aqui somente para despejar os seus dejectos em vez de o fazer pela via normal, deitá-los na sanita, falo daqueles que por um motivo ou outro resolveram que o meu blogue é local para deitarem as suas frustrações, seus medos, e até mesmo aqueles que por algum motivo grande no passado, deixaram de fazer parte da minha vida simplesmente porque foram desilusões, não foram amigos, foram intrusos, não foram companheiros apenas se fingiram de “cordeirinhos” para tapar a sua realidade, a de “lobo mau”, a esses eu digo, tentem fazer uma retrospectiva e lembrem-se do que fizeram, para realmente merecerem ter saído da minha vida, graças a Deus, e se por algum acaso não se lembrarem, tenham paciência, pois um dia alguém lhes fará o mesmo e aí vão lembrar-se do que já fizeram no passado.
Agora deixem o meu blogue, o meu Perfil livre das vossas nefastas palavras, sei que vos será difícil deixar de aqui vir para me lerem, e digo isto, não porque sou convencido, mas porque conheço suficientemente bem o ser humano para saber que muitos são aqueles que passam criticam, falam mal, escrevem uma ou duas vezes, mas depois até dizem não conhecem tal blogue, no entanto são muitas vezes apanhados a espreitar pelo cantinho do olho para o melhor do fruto proibido.
Que me desculpem aqueles que realmente merecem todo o meu carinho, todo o meu amor, toda a minha amizade, e são muitos, graças a Deus, mas que tiveram de “ouvir” este pequeno desabafo e alerta, mas há coisas que se não se falam ficam como que entaladas na garganta fazendo a gente espirrar ou provocando algum brotoejo, o que diga-se de passagem é muito incomodo, por isso aqui deixei também o meu alerta a esses seres perdidos em seus “eus”.
A todos vocês que por aqui passam e realmente deixam um pouco de vós e levam um pouco de mim, um beijo muito grande cheio de carinho e amor, aproveitando desde já para vos desejar uma boa Páscoa.


Alvaro Gonçalves

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

“Haja paciência para me aturar”
Os meus amigos têm de ser de tudo um pouco para me aturarem, não gosto dos que se me apresentam como muito bonzinhos, detesto santinhos e anjinhos, pois eu próprio sou o 8 e o 80, não gosto de ficar ali no meio, tipo ficar em cima do muro, gosto de dizer o que quero, coisa que nem sempre posso, pois o meu 8 não me deixa, mas quando estou em 80, aí ninguém me segura, nem mesmo eu, pois digo tudo que me apetece com tanta frontalidade que por vezes magoa quem escuta, sendo que muitas são as vezes que digo o que não devo, mas isto é outra conversa, pois aí já é o meu 8 a falar, chamando-me a atenção do que o meu 80 falou o que não devia, ou assim pensa ele (o 8), ao qual o meu 80 nunca concorda e sempre protesta.
Quando estou a 8, pois nem sempre ando a 80, e dado que vivo numa sociedade que facilmente se “magoa” ou faz-se magoada, ou se ofende com a frontalidade das verdades por mim ditas, sempre acabo por ser alguém “mansinho” tipo cordeirinho e que muitas vezes já me faz causar muitos amargos de boca e outros tantos arrepios na espinhela, pois chego a ser capaz de deixar que um outro ser que se me apresentou como amigo em tempos consiga quase levar a melhor de mim, é nessa altura que vou dando as várias chances, e elas são ás dúzias que é mais barato, mas o dia chega em que a fera acorda e os 80 chegam, então aí, saiam da frente, pois como costumo dizer quando acaba ou acalma, “e tudo o vento levou”, pois assim mesmo o parece. Mas como estava dizendo após a várias chances dadas, e acabada a paciência para com tal ser, eu prossigo, e dou o meu remate, isto quando esse ser, seja ele ou ela quem for, não se dá nem ao trabalho de “justificar” - entre aspas - tamanhas faltas para comigo, algo que não tolero muito, mas sempre me lembro que eu próprio também sou cheio de faltas, por isso dou as tais chances de justificação, de apaziguamento entre as hostes, algo que infelizmente nem sempre acontece, pois nem sempre as pessoas se lembram que amigo que é amigo, tem de se lembrar sempre que o outro também pode estar precisando de ajuda, mesmo quando sorri, e pouco ou nada diz, pois não gosta que lhe chamem a atenção de tudo e de todos se achando um “pobre desgraçado”, além de que uma amizade deve ser alimentada por ambas as partes, caso contrário ela sempre acaba murchando e por vezes mesmo morrendo.
Por isso adoro quando estou em 80, pois aí, estou mais no meu meio ambiente, sou amigo do amigo, e de tudo faço por ser o melhor que posso para todos, no entanto, o pavio fica mais curto e a “coisa” (de lembrar que a coisa é a situação que foi criada e não outra “coisa” qualquer, se é que me entendem?, ahhahah) pega fogo.
Quando estou em 8, sou do tipo que adora brincar, pular e jogar etc e tal, dou gargalhada até por dá cá aquela palha, mas sempre que algo acontece que não está bem, além das chances que dou, ainda dou o último aviso, sim o último aviso, sou como as finanças, dou logo o 3º e último aviso, deixando o 1º e 2º aviso por conta do “contribuinte”, neste caso da pessoa ou pessoas em questão, e nesse aviso digo logo, cuidado, pois sou proprietário de uma botique fina e de uma peixaria rasca, em três tempos fecho a botique, calço as tamancas e abro a peixaria. Mas nem mesmo assim as pessoas escutam.
Dizem que devia ser mais “temperado” no meu ser, no entanto, não gosto de temperos em mim, só mesmo na comida e mesmo aí tem de estar ao meu gosto, não consigo de forma alguma imaginar-me ser alguém que vive entre dos meus queridos 8 e 80, pois dá-me uma espécie de brotoejo, sou mesmo o tipo de pessoas que em tudo é o 8 e o 80, pode ser que esteja errado, mas acreditem, até agora tenho-me dado bem, pelo menos comigo mesmo e é assim que se deve ser, sentirmo-nos bem connosco mesmo para depois podermos viver em sociedade. Por isso vivo entre o entre o meu 8 e o meu 80, pois é aí onde me delicio com os mais pequenos prazeres da vida, mas lá está, nem tudo na vida são apenas prazeres e há alturas em que há que ter um pouco mais de firmeza, é aí que começo a dar plena entrada nos 80 e por lá fico, mas sempre fico cool como hoje tanto se diz, pois em pouco tempo resolvo o assunto e logo volto ao meu querido 8.
Quem me conhece bem, sabe que sou assim, sou de extremos, vou de um ponto ao outro num lance, ou num piscar de olhos, sempre regressando ao estado de graça e alegria, da gargalhada, do sorriso fácil e do amor, da comoção, pois viver é amar e vice versa. Tento viver a minha vida sempre apaixonado, o que nem sempre acontece, mas faço por isso.
Por isso digo, amigo meu, tem de ser de tudo um pouco, pois só esses conseguem entrar e ficar em minha vida. Mas também digo, amigo que é amigo, pode contar comigo sempre, haja o que houver, estou presente, pelo menos tento sempre estar, chegando quase a exigir, se é que isso se deve fazer, que me digam quando não estou sendo correcto.
Perdoar, sim, perdoo, mas tenho aquele imenso defeito, não consigo esquecer nada do que me fazem, seja bem ou mal, o não esquecer o bem, é óptimo, já o não esquecer o mal, por vezes pode ser péssimo para quem o faz, pois dou chances, viro fera, resmungo, refilo, sorrio, aconcelho na medida do possível, mas não esqueço quando me traem ou me faltam nas horas que mais preciso.
Gosto de ser assim, e teimo em não mudar, vou dobrando e dando a mão à palmatória que por vezes é difícil de o fazer, mas vou dando, vou cedendo quando necessário, mas no fim, não mudo, sou mesmo assim.
Por isso ás vezes digo, haja paciência para me aturar.


Alvaro Gonçalves
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